quinta-feira, 22 de abril de 2010

a cana de bambu

Continuamos a nossa preparação para a festa da vida, neste sábado reflectimos sobre a belíssima história da Cana de Bambu. Partilhamos convosco o texto para também refletires:


Havia um jardim junto da casa do Senhor. De todas as plantas, a preferida do Senhor era uma cana de bambu, esbelta e elegante.
Um dia, a Senhor aproximou-se dela e disse-lhe: “Preciso de ti. E, para contar contigo, preciso de te arrancar”.
“Arrancar-me? Falas a sério? Tudo menos isso”.
“Se não te arranco, não me servirás”.
“Senhor, se não te podes servir de mim sem me arrancares, arranca-me!”
“Minha querida cana, ainda não disse tudo. É necessário que te corte as folhas e os ramos”.
“Senhor, não me faças isso! Converter-me-ei numa planta ridícula!”
“Se não te corto as folhas e os ramos, não me servirás”.
“Está bem, Senhor, então as corte”.
“Minha querida cana de bambu, tenho ainda uma coisa a pedir-te. Terei que te cortar em duas e tirar toda a seiva. Sem isso, não me servirás para nada”.
A cana de bambu não sabia o que dizer. Lançou-se ao chão e ofereceu-se toda ao Senhor.
Então o Senhor cortou as folhas e os ramos, partiu-a em dois e extraiu-lhe a seiva.
Depois foi para junto de uma fonte de água fresca próxima dos campos que há muito morriam de sede. Com muito carinho atou uma ponta da cana à fonte e a outra colocou-a no campo. A água que manava da fonte começou pouco a pouco a deslocar-se para o campo através da cana de bambu. O campo começou a ficar verde. Quando chegou a Primavera, o Senhor plantou arroz. Os dias foram passando até que chegou o tempo da colheita. Com ela o Senhor pode alimentar o seu povo.


É muito fácil sermos uma cana bonita e bem enraizada, mas se nos é pedido que deixemos o nosso comodismo, o nosso quotidiano, os nossos vícios, aí as coisas mudam. Se tivéssemos a capacidade de nos deixarmos moldar à maneira do Mestre, deixaríamos de ser canas bonitas mas inúteis, para sermos o canal de transporte do amor de Deus aos outros. Confiemos na mão do Mestre que sabe sempre a melhor maneira de nos moldar e que saberá, com toda a certeza, em que instrumento nos transformar para podermos ser verdadeiros discípulos.

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